Conversamos com o fotógrafo carioca Rafael Rodrigues, que transita entre a fotografia de rua e a fotografia criativa, registrando o cotidiano e as noites da juventude na cidade maravilhosa em clicks analógicos, e segue consolidando seu trabalho junto de artistas e marcas.
Qual a sua idade e quebrada de origem?!
25 anos, Padre Miguel 777.
Há quanto tempo você fotografa?
Uns 4 anos.
Você fotografa bastante as ruas do Rio de Janeiro, as vezes roles, as vezes o cotidiano, como esse processo funciona pra você?! Você acha que outros jovens se identificam com sua arte pela proximidade da vivência deles?
Minhas Fotografias são minhas vivências, meu cotidiano, então quem tá na mesma correria que eu vai se identificar sempre e quem não tá se imagina vivendo isso.



Muitas vezes ficamos impressionados com as cenas representadas nas fotografias documentais. No entanto, não apreciamos que, em muitas situações, os fotógrafos encontram alguns riscos para fazer seu trabalho. Existe um momento em que você se sentiu em perigo? Que fotografou alguém ou algo que “não deveria”?
Acho que nunca passei por isso, evito esse tipo de coisa, acho que tem coisas que tem que ser vividas, a Internet tá aí pra romantizar tudo.
Nesta profissão, dizem que fotógrafos do seu calibre sempre carregam uma câmera “no bolso”, e provavelmente é verdade. Você se lembra de um momento específico que perdeu? Uma situação em que você pensou “se eu tivesse carregado minha câmera naquele dia…”?
A todo momento eu passo por isso, trabalho praticamente na rua, então eu vejo as coisas acontecendo o dia todo e tô sempre falando que eu podia tá com minha câmera.
Como você definiria a juventude periférica carioca?
Ocupando espaços.



Suas imagens são todas feitas em uma câmera analógica. Como alguém que cresceu em uma era predominantemente digital, por que você acha que tantos fotógrafos jovens hoje são atraídos para o rolo de filme?
Pra alguns o processo, pra outros a estética e pros playboys é o “Hype”.
Como você vê a gourmetização da fotografia analógica? Você acha que impactou a indústria profissional — se é que te afetou?
Gourmetização pra quem não tem grana nunca é bom, a indústria quer tem nossa vivência lá mas não quer um de nós lá.. me afetou financeiramente, tá tudo caro hahaha.


Quais fotógrafos te inspiraram ou inspiram?
SOLO @cgvmtv
Qual trabalho você mais gostou de fazer e por que?
“Suburnano Convicto”. Foi uma série de fotos feito na feira de Honorio Zona Norte do rio. Tava voltando a fotografar depois de um bom tempo dentro de casa por conta da pandemia.



Como você está se inspirando no momento?
Música e filmes.
Em que você tem trabalhado recentemente?
Focando em alguns projetos pra editoriais
Algum estado no Brasil que você não conheça e tenha vontade de viajar a trabalho?
Bahia